A Wow Aceleradora de Startups esteve presente no importante GO!RN, realizado em Natal, no Rio Grande do Norte, representada pelo seu Presidente do Conselho, Jaime Wagner. O eventou contou com inúmeras rodadas de investimento, proporcionando a aproximação entre startups e fundos.
A investidora, que já direcionou investimentos para duas startups potiguares, enxerga o alto potencial das empresas locais e busca oportunidades para ampliar ainda mais sua presença no ecossistema empreendedor da região.
“O nível das startups e está muito bom, algumas até acima do que buscamos, que são startups que estão iniciando mesmo. Investimos até R$ 500 mil e algumas precisam de um valor superior”, explicou Jaime.
Com seis startups do Rio Grande do Norte já em sua carteira de investimentos, a aceleradora mantém um programa de aceleração, o Bet, para impulsionar o desenvolvimento de novos negócios. “A cada quatro meses, a gente faz um processo de seleção onde entram cerca de 300 startups. São quatro etapas, desde a análise de formulário até a apresentação para todos os investidores do fundo. Só então selecionamos cinco startups daquelas 300 que entraram na seleção a cada 4 meses. Tenho certeza de que pelo menos mais uma ou duas daqui serão selecionadas nesse projeto”, prevê.
Crescimento
A Rodada de Investimentos do GO!RN proporcionou uma significativa aproximação entre 40 startups e 11 fundos de investimentos, resultando em 86 reuniões produtivas. Há uma projeção otimista de investimentos na ordem de R$ 3,8 milhões nas startups até março de 2024. Os investidores e representantes de grandes corporates e fundos de venture capital, âncoras da Rodada de Investimentos no GO!RN, expressaram surpresa diante do notável nível de maturidade do ecossistema local para captação de recursos.
“Tivemos uma ótima impressão das empresas que vieram para a rodada. Acho até que vieram empresas muito bem-preparadas para uma primeira rodada, pois a maioria com quem conversamos era a primeira vez. E já vieram sabendo do modelo para captação, do tipo de contrato que seria feito. Acredito que apenas uma ou outra precisa fazer uma reavaliação da quantidade solicitada”, confirma Marco Maia, que integra o conselho da Osten Moove, uma venture studio capital, de São Paulo.
A empresa está presente no evento pelo segundo ano consecutivo, agora com o objetivo de descobrir startups elegíveis para investimentos. De acordo com Marco Maia, embora não tenha havido a formalização de parcerias durante a rodada, a investidora está atentamente considerando pelo menos dois empreendimentos locais, visando oferecer suporte ao desenvolvimento desses negócios.
“Achei que o evento está muito bonito, muito organizado, e gostei também das empresas que se reuniram aqui conosco, Tudo deu uma evoluída muito boa. A gente achou que eles estão muito perto. Há uma outra empresa deveria ter participado da rodada, mas não veio porque ela está super atarefada. Porém, a gente está conversando para ver se há algum avanço”, completa.
Critério de seleção
Quanto aos critérios empregados na seleção das startups, ele esclarece que a Osten Moove procura empreendimentos em estágios iniciais, visando colaborar no seu desenvolvimento conjunto. “A gente entende que faz parte do investimento em inovação participar junto com as startups do melhor modelo. Não queremos só investir por investir, mas investir para que elas cresçam. É importante entender bem o negócio para construirmos juntos. Por isso que demora um certo tempo. Nós acreditamos que investir naquelas startups que estejam realmente em estágio inicial, Como a maioria que esteve presente na rodada, é um formato que pode contribuir para mais empreendedorismo mais inovação no país, principalmente no Nordeste”, revela.
Prospecção de recursos
As expectativas de recebimento de recursos são grandes entre os participantes da rodada. Igor Mesquita, CEO da Hubbi, uma startup focada no setor de peças automotivas e de reposição, apresentou a proposta do negócio aos dois investidores mencionados e está entusiasmado com as oportunidades de parceria. Com dois anos de presença no mercado, atendendo em Natal, Recife, João Pessoa e São Paulo, a Hubbi atualmente possui uma equipe de 18 colaboradores.
“Nós fizemos contatos com fundos de investimento, inclusive já somos investidos de um deles, mas gosto de manter um contato com outros fundos para que eles possam acompanhar o nosso crescimento e, no momento certo, eles venham participar de rodadas futuras”, afirma.
A Hubbi atua como um marketplace especializado em peças automotivas de reposição, destacando-se por sua abordagem tecnológica inovadora. Sua ferramenta é capaz de identificar o veículo por meio da placa, automatizando a verificação de informações como ano, modelo, versão, chassi, número do motor, entre outros. A plataforma utiliza essas 26 informações técnicas obtidas apenas com a placa, fazendo uma análise cruzada com o portfólio de fabricação da indústria automotiva brasileira para identificar de maneira precisa as peças corretas e adequadas para cada carro.
“Só digitando a placa do carro, o cliente consegue identificar as peças corretas, o que facilita muito e automatiza processos dentro de grandes corporações, como locadoras, seguradoras e até mesmo de oficinas”, complementa.
Outra startup que participou ativamente da rodada foi a Aprimore Sisedu, uma edtech no ramo da educação liderada por três irmãs, as enfermeiras Patrícia, Priscila e Poliana Meireles. A empresa deu início às suas atividades educativas em 2019, concentrando-se na oferta de cursos e treinamentos na área da enfermagem. Em 2021, deu um passo adiante, transformando-se em uma editech. Neste ano, o time recebeu um reforço significativo com a entrada de Jucielly Fonseca, que, após o período da pandemia, ingressou na empresa como estagiária e, posteriormente, se tornou sócia.
Estreando na Rodada de Investimento, a empresa estabeleceu contato com Learning Village e GVAngels, ambas sediadas em São Paulo. Patrícia Meireles destaca a relevância de participar de uma rodada de investimento.
“A rodada, basicamente, nos posiciona diante de um mercado que é gigante, mas que muitas vezes é pouco acessível para quem é pequeno. Nos dá a possibilidade de estar diante de pessoas com uma bagagem profissional volumosíssima, capazes de aproximar você diante de outras pessoas estratégicas, como também colocar você perto de pessoas que têm um potencial financeiro para injetar um dinheiro, que pode muitas vezes definir entre a progressão e a estagnação do seu negócio”, diz.
A executiva salienta também a função do Sebrae para viabilizar essa aproximação. “Como sempre, o Sebrae é como uma mãe para gente. Nos coloca em circunstâncias, em ambientes, que não conseguiríamos sozinhos. Simplesmente porque é no mundo dos negócios, mais vale realmente a lei de com quem você se relaciona. O Sebrae faz essa ponte entre a nossa empresa, o nosso negócio, e o mundo dos negócios”, finaliza.
Fonte: Assessoria PowerSelf com informações de Agência Sebrae
Foto: Sebrae